Composição Corporal
A
composição corporal é considerada, por alguns autores, um componente da aptidão
física relacionada à saúde, em razão das relações existentes entre a quantidade
e a distribuição da gordura corporal com alterações no nível de aptidão física
e no estado de saúde das pessoas.
Reduzir a quantidade de gordura e / ou aumentar a
quantidade de massa muscular estão entre os anseios de grande parte dos
praticantes de atividade física. Esta preocupação pode ser notada não somente
do ponto de vista estético, mas também do ponto de vista de qualidade de vida
dos indivíduos, já que a obesidade está associada a um grande número de
doenças crônico – degenerativas.
Observando essa relação entre quantidade de
gordura corporal e estado de saúde, verifica-se a necessidade de métodos
capazes de avaliar, de forma válida, a quantidade de gordura corporal em
relação à massa corporal total. Nesse sentido, a importância da avaliação
corporal deve-se ao fato de a massa corporal isoladamente não ser considerada
um bom parâmetro para identificação do excesso ou da carência dos diferentes
componentes corporais (massa gorda, massa muscular, massa residual e massa
óssea) ou ainda para a avaliação das alterações nas quantidades proporcionais
destes componentes, em decorrência de um programa de exercícios físicos e/ ou
dieta alimentar.
Existem várias técnicas para a determinação da
composição corporal, podendo-se classificar estes procedimentos de determinação
em métodos diretos, indiretos e duplamente indiretos:
a) O método direto é aquele em que há a
separação e a pesagem cada um dos componentes corporais isoladamente, o que só
é possível com a dissecação de cadáveres;
b) Os método indiretos são aqueles nos
quais não há a manipulação dos componentes isoladamente, mas a partir de
princípios químicos e físicos que visam a extradição das quantidades de gordura
e de massa magra;
c) O método duplamente indiretos são
aqueles validados a partir de um método indireto, mais comumente a
densidometria.
A
Antropometria
Em razão do baixo custo operacional e da relativa
simplicidade de utilização, os métodos antropométricos são aplicáveis para
grandes amostras e podem proporcionar estimativas e podem proporcionar
estimativas nacionais e dados para a análise de mudanças seculares. (ROCHE ET
AL, 1996)
A estimativa da composição corporal por meio de
medidas antropométricas utiliza medidadas relativamente simples como massa,
estatura, perímetro, diâmetro ósseo e espessura das dobras cutâneas. Quando o
objetivo é estimar apenas a porcentagem de gordura corporal, as medidas mais
utilizadas são as de dobras cutâneas.
A lógica para a medida das dobras cutâneas
baseia-se no fato de que aproximadamente metade do conteúdo corporal total da
gordura fica localizada no depósitos adiposos existentes diretamente debaixo da
pele. Essa gordura localizada está diretamente relacionada com a gordura total.
(MCARDLE ET AL, 1998) Essa gurdura localizada está diretamente relacionada com
a gordura total.
As dobras cutâneas que aparecem com maior
freqüência na literatura e que atendem a grande maioria das equações preditivas
de gordura corporal são: tríceps, subescapular, bíceps, axilar média, torácica
ou peitoral, supra-ilíaca, supra-espinal, coxa e panturrilha medial.
A
espessura da dobras cutâneas é medido utilizando-se o compasso de dobras
cutâneas, também conhecido como plicômetro ou adipômetro
DICAS
Quanto aos procedimentos de espessura de dobras
cutâneas, elas devem ser SEMPRE REALIZADAS NO HEMICORPO DIREITO do avaliado,
utilizando o dedo indicador e o polegar da mão esquerda para diferenciar o
tecido celular subcutâneo do tecido muscular. Aproximadamente um centímetro
abaixo do ponto de reparo pinçado pelos dedos devem ser introduzidas nas pontas
do compasso. Para a execução da leitura, deve-se aguardar em trono de dois
segundos. É importante observar se as hastes do compasso estão perpendiculares
à superfície da pele no local da medida.
Variabilidade das medidas
Devido a Variabilidade das medidas
de dobras cutâneas, devem ser executadas três medidas não consecutivas de cada
dobra escolhida, ou seja, são medidas e anotadas todas as dobras cutâneas, em
seguida repete-se a operação e ao final, mais uma vez. O objetivo deste
procedimento é evitar que “viciemos” as medidas, o que nos faz encontrar três
valores iguais, ou muito próximos, quando executamos a medida no mesmo ponto de
reparo. Também para evitar a influência do avaliador sobre as medidas, é
interessante poder contar com um anotador.
Padronização para
as Medidas de Dobra
Existem
diferentes padronizações para as medidas de dobra cutâneas, sendo que não há
uma forma mais correta que as outras para se medir as dobras cutâneas. O
importante é utilizar SEMPRE A MESMA PADRONIZAÇÃO para que se possam ser feitas
comparações ao longo do tempo. Quando se trabalha com equações de predição de
gordura corpora, deve-se medir as dobras cutâneas seguindo rigorosamente a
padronização indica pelo autor da equação.
DOBRAS
Dobra cutânea
Triciptal
É
a medida na face posterior do braço, paralelamente ao eixo longitudinal, no
ponto em que compreende a metade da distância entre a borda súpero-lateral do
acrômio e o olécrano
Dobra cutânea subescapular
A medida é
executada obliquamente em relação ao eixo longitudinal, seguindo a orientação
dos arcos costais, sendo localizada dois centímetros abaixo do ângulo inferior
da escápula.
Dobra cutânea
axilar média
É localizada no
ponto de intersecção entre a linha axilar média e a linha imaginária transversal
do apêndice xifóide do esterno. A medida é realizada obliquamente ao eixo
longitudinal e transversal com o braço do avaliado deslocado para trás, a fim
de facilitar a obtenção da medida.
Dobra cutânea
biciptal
É a medida no sentido do eixo longitudinal do braço,
na sua face anterior, no ponto de maior circunferência aparente do ventre
muscular do bíceps.
Dobra cutânea torácica
É a medida oblíqua em relação ao eixo longitudinal,
na metade da distância entre a linha axilar anterior e o mamilo, para homens, e
a um terço da linha axilar anterior, para mulheres.
Dobra cutânea supra – ilíaca
É obtida obliquamente em
relação ao eixo longitudinal, na metade da distância entre o último arco costal
e a crista ilíaca, sobre a linha axilar média. É necessário que o avaliador
afaste o braço para trás para permitir a execução da medida
Dobra cutânea supra-espinal
Ela é medida 5 a 7 cm acima da espinha
ilíaca anterior, na intersecção entre uma linha horizontal na altura do ponto
ílio-cristal e uma linha obliqua proveniente da borda axilar anterior,
destacado num ângulo aproximado de 45º.
Dobra Cutânea Abdominal
É media aproximadamente a dois centímetros à direita da cicatriz umbilical, paralelamente ao eixo longitudina
É media aproximadamente a dois centímetros à direita da cicatriz umbilical, paralelamente ao eixo longitudina
Dobra Cutânea da Coxa
É medida paralelamente ao eixo longitudinal, sobre o músculo reto femural a um terço da distância do ligamento inguinal e a borda superior da patela, segundo proposta por Guedes (1985) e na metade desta distância segundo Pollock & Wilmore (1993). Para facilitar o pinçamento desta dobra o avaliado deverá deslocar o membro inferior direito à frente, com uma semi-flexão do joelho, e manter o peso do corpo no membro inferior esquerdo.
É medida paralelamente ao eixo longitudinal, sobre o músculo reto femural a um terço da distância do ligamento inguinal e a borda superior da patela, segundo proposta por Guedes (1985) e na metade desta distância segundo Pollock & Wilmore (1993). Para facilitar o pinçamento desta dobra o avaliado deverá deslocar o membro inferior direito à frente, com uma semi-flexão do joelho, e manter o peso do corpo no membro inferior esquerdo.
Dobra Cutânea Panturrilha Medial
Para a execução desta medida, o avaliado deve estar sentado, com a articulação do joelho em flexão de 90 graus, o tornozelo em posição anatômica e o pé sem apoio. A dobra é pinçada no ponto de maior perímetro da perna, com o polegar da mão esquerda apoiado na borda medial da tíbia.
Para a execução desta medida, o avaliado deve estar sentado, com a articulação do joelho em flexão de 90 graus, o tornozelo em posição anatômica e o pé sem apoio. A dobra é pinçada no ponto de maior perímetro da perna, com o polegar da mão esquerda apoiado na borda medial da tíbia.
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