quinta-feira, 20 de junho de 2013

Hospital de clinicas de Porto Alegre





Experimentação animal



A partir de 2002 quando foi estruturado o prédio do hospital de clinicas foi criada a unidade de experimentação animal. O hospital possui um grupo de pesquisa e pós graduação ligado direto  a residência medica. 

Dentro do serviço de experimentação animal, há:

- unidade de analises moleculares e proteínas.
- unidade de patologia experimental;

São consideradas unidades compartilhadas.

Missão

Oferecer infra estrutura que possibilitei avanço técnico cientifico, através da realização de pesquisas clinico cirúrgicas em diferentes especialidades .observando sempre os princípios éticos e respeito aos animais, em respeito as normas internacionais.

Objetivos 

Incentivar a utilização de materiais e equipamento de uso compartilhado. 
Promover maior integração entre os pesquisadores e a unidade.
Reduzir os custos dos projetos.
Agilizar o processo de aquisição  de insumos para o projeto.
Incentivar o pesquisador a sabe quais as necessidades da unidade.

Esse novo perfil da unidade gerou mais:

autonomia  da unidade de experimentação animal, maior dinamismo, pela melhor inserção da unidade na estrutura do hospital.
Maior pró atividade.
Diversificação das áreas de pesquisa.

Localização 

Subsolo do Hospital de clinicas de Porto Alegre, com uma área de 900m2.

Alojamento 

Camundongo
Rato
Cobaios
Coelhos 
Gatos 
Cachorros
Suínos ovelhas 
Peixes

O Hospital de Clinicas de Porto Alegre da um incentivo aos pesquisadores para que a pesquisa seja feita no hospital que é o Fundo de incentivo a pesquisas e eventos - FIP. Que chega ao valor de R$ 12000,00.

Funcionamento 

De segunda a sexta das 07:15 as  19:00
Sábado 

Sempre utilizar:

Luvas
Pró pé
Toca 

Cada sala tem um Timer para controlar o ciclo de luz, que é muito importante para que o animal saiba o que é 12 horas de claro e 12 horas de escuro e ou no máximo 10 horas de claro  e 14 horas de escuro, pois todo ciclo biológico deles é regulado pela luz. Timer fica na porta de cada alojamento e ele faz esse ciclo automaticamente.

Classificação do animais quanto a qualidade sanitária.

Convencionais: são animais que não se sabe determinar o que ele tem de microrganismos.
SPF (livres de patógenos específicos): existe um lista de patógenos que é publicada internacionalmente que mostra quais os patógenos que esses animais não podem possuir.

Sala de bancadas

Serve para fazer fazer cirurgias e procedimentos, geralmente, em ratos e camundongos.

Ventiladores: permite que entube os animais e abra tórax etc.

Microscópios de parede: são lupas cirúrgicas, quando o procedimento requer maior precisão.


Biopac:  Medidor de pressão invasiva 

Encubadora: para recuperação da anestesia


Bloco cirúrgico

Para procedimentos maiores, com porcos, ovelhas e coelhos.



Sala de testes  comportamentais





Esteira


 A base é feita com uma esteira humana. Foram feitas oito baias de acrílico para se coloca até oito animais caminhando ou correndo ao mesmo tempo. 



Dados da unidade

984 animais mais seus filhotes

Aquisição dos animais

Comprados de  biotérios (nome masculino local onde são criados e mantidos animais de laboratório para serem utilizados em investigação e ensino, em condições ambientais, nutricionais e sanitárias controladas).

TERMORREGULAÇÃO

TERMORREGULAÇÃO

A temperatura corporal normal flutua em vários graus durante o dia em resposta á atividade física, às emoções e as variações na temperatura ambiente ( fig.   ) - com a temperatura oral sendo em média cerca de 0,56 C mais baixa que a temperatura retal. A temperatura corporal exibe também flutuações diurnas; as temperaturas mais baixas ocorrem durante o sono e as temperaturas ligeiramente mais altas persistem quando se esta acordado, até mesmo quando a pessoa fica relaxada na cama. 
    A termorregulação desempenha um papel tão importante no equilíbrio homeostático do corpo que o preço de alguma falha pode ser a morte. 

Equilíbrio térmico 

A Fig. 1 lista os fatores que contribuem para o ganho e perda de calor quando o corpo tenta manter a neutralidade térmica. Esse equilíbrio resulta de mecanismos de integração que:

Alteram a transferencia de calor para a periferia
Regulam o esfriamento evaporativo
Variam o ritmo corporal

    A temperatura central sobe rapidamente quando o ganho de calor ultrapassa a perda de calor durante o exercício vigoroso em  um ambiente quente. No frio, por outro lado, com freqüência a perda de calor ultrapassa a produção de calor, e a temperatura central cai. 


TERMORREGULAÇÃO no estresse induzido pelo calor

Os mecanismos termorreguladores do corpo protegem principalmente contra o superaquecimento. O controle do açúcar excessivo de calor corporal torna-se importante durante o exercício intenso em que, com freqüência, a taxa metabólica aumenta 20 a25 vezes em relação ao nível de repouso- produção de calor esta que poderia elevar a temperatura central em 1 grau C a cada 5 minutos. Aqui existe a competição entre os mecanismos que mantêm um grande fluxo sangüíneo muscular e aqueles que regulam a temperatura corporal. A figura seguinte ilustra os possíveis meios para permuta de calor em um ser humano que esta exercitando-se. A perda de calor corporal ocorre de quatro meios.

1. Radiação 
2. Condução 
3. Convicção 
4. Evaporação

Radiação

A radiação é a perda ou ganho de calor na forma de raios infravermelhos. O corpo humano simultaneamente emite e recebe calor na forma de radiação. Quando a temperatura do corpo é maior que a temperatura do ambiente, uma maior quantidade de calor é emitida do corpo para o ambiente do que do ambiente para o corpo. Uma pessoa em condições de repouso quando está em uma sala térmica, perde aproximadamente 60% de calor (da perda total de calor) por meio de radiação.

Condução 

A perda de calor por condução envolve a transferência direta de calor através de um liquido, um sólido ou um gás de uma molécula para a outra. A circulação corporal transporta a maior parte do calor corporal para a extremidades, porém uma pequena quantidade desloca-se continuamente por condução direta através dos tecidos profundos para a superfície mais fria. A perda de calor por condução envolve o aquecimento da moléculas de ar e das superfícies mais frias que entram em contato com a pele. 




Convecção

Transferência de calor convectiva ou transferência de calor por convecção, frequentemente referida como convecção, é a transferência de calor de um local para outro pelo movimento de fluidos. A presença de movimento de volumes do fluido aumenta a transferência de calor entre a superfície sólida e o fluido. Convecção é normalmente a forma dominante de transferência de calor em líquidos e gases. Embora muitas vezes discutida como um terceiro método de transferência de calor, transferência de calor convectiva realmente descreve os efeitos combinados de condução de calor e fluxo fluido.

Evaporação

    A evaporação constitui a principal defesa fisiológica contra o superaquecimento. A vaporização da água a partir das vias respiratórias e da superfície da pele transfere calor continuamente para o meio ambiente. Para cada litro de água vaporizada, 580 kcal de energia térmica são transferidas do corpo para o meio ambiente. 
    Em resposta ao estresse induzido pelo calor, dois a quatro milhões de glândulas sudoríparas do corpo secretam grandes quantidades de solução salina hipotônica. O resfriamento ocorre quando o suor alcança a pele e o liquido evapora-se. A seguir, a pele esfriada esfria o sangue desviado do interior para a superfície. Juntamente com a perda de calor através da transpiração, aproximadamente 350ml de água infiltram-se diariamente através da pele e evaporam-se para o meio ambiente.








Perda de calor por evaporação nas temperaturas ambientes elevadas

Uma temperatura ambiente elevada reduz a eficácia da perda de calor por condução, convecção e radiação. Quando a temperatura ambiente ultrapassa a temperatura corporal, esses três mecanismos de transferência de calor contribuem em verdade para o ganho de calor. Quando isso ocorre ( ou quando a condução, convecção e radiação não conseguem dissipar adequadamente uma grande carga de calor metabólico), a evaporação do suor e a evaporação da água  a  partir do trato respiratório proporcionam o único meio para dissipar o calor. Para alguém que fica relaxado em um ambiente quente e úmido, a demanda normal de 2 L de líquidos duplica  ou até triplica em virtude da perda de líquidos pela evaporação. 

Perda de calor na unidade elevada 

A evaporação do suor a partir de três fatores:

Superfície exposta ao meio ambiente
Temperatura e umidade relativa do ar ambiente 
Correntes aéreas por convecção ao redor do corpo

    A umidade relativa exerce incontestavelmente o maior impacto sobre a eficácia da perda de calor por evaporação.
    Com uma alta umidade, a pressão do vapor do ar ambiente aproxima-se daquela da pele úmida ( aproximadamente 40 mm hg) e a evaporação diminui substancialmente, apesar de grandes quantidades de suor formarem gotas sobre a pele acabarem caindo. Isso representa uma perda inútil de água que resulta em desidratação e superaquecimento. 
    Ao enxugar a pele continuamente cm uma toalha antes de ocorrer a evaporação do suor também se dificulta o esfriamento por evaporação. O suor em si nao esfria a pele; pelo contrario, o resfriamento de pele ocorre quando o suor evapora-se. Os indivíduos conseguem tolerar temperaturas ambientes relativamente altas quando a umidade é baixa. 

Termorregulação e estresse ambiental durante o exercício

Exercício no calor

Os ajustes cardiovasculares e o esfriamento evaporativo controlam a dissipação do calor metabólico durante o exercício, particularmente em um clima quente. No entanto, observa-se uma certa alternância, pois os líquidos perdidos na termorreguladores criam com freqüência um estado relativo de desidratação.  A transpiração excessiva acarreta uma perda excessiva de líquidos que reduz o volume plasmático. O resultado final extremo  envolve a falência circulatória à medida que a temperatura central sobe até níveis letais.

Ajustes Circulatórios

O corpo se depara com  duas demandas  cardiovasculares competitivas ao exercitar- se em um clima quente:

 O fornecimento de oxigênio aos músculos terá de aumentar para poder atender ao metabolismo energético.
O fluxo sanguíneo periférico para a pele terá de aumentar para transportar o calor metabólico produzido pelo exercício a fim de ser dissipado na superfície do corpo; esse sangue deixa de estar disponível para o fornecimento de oxigênio nos músculos ativos. 

O debito cardíaco se mantém inalterado durante o exercício submáximo em ambientes quentes e frios.  Entretanto, o volume sistolico de ejeção do coração diminui ao exercitar-se no calor. De fato, o volume sistolico de ejeção sofre uma redução proporcional ao deficit liquido criado durante o exercício, produzindo freqüências cardíacas mais altas para todos os níveis submáximos de exercícios. O debito cardíaco máximo e a capacidade aeróbia diminuem durante o exercício no calor, pois o aumento compensatório na freqüência cardíaca nao consegue compensar a queda no volume sistólico de ejeção do coração. 

Perda de água no calor
    
A desidratação induzida por umas poucas horas de exercício árduo no calor pode alcançar níveis que dificultam a dissipação do calor e que comprometem profundamente a função cardiovascular e a capacidade de se realizarem exercícios. 
 A figura.                  Mostra a perda média de água por hora em virtude da transpiração em varias temperaturas do ar durante o repouso e a atividade de leve a moderada para um adulto típico.

Consequências da desidratação

Qualquer grau de desidratação afeta a função fisiológica e a termorreguladores. Quando o  volume plasmático diminui a medida que a desidratação progride, o fluxo sanguíneo periférico e o ritmo de transpiração diminuem, tornando a termorregulação  mais difícil. Em comparação com uma hidratação normal, um volume plasmático reduzido acarreta um aumento da freqüência cardíaca,acelera a percepção do esforço e eleva a temperatura central, e causa fadiga prematura. Uma perda de liquido equivalente a 1% do peso( massa ) acarreta uma elevação significativa na temperatura central, em comparação com o mesmo exercício realizado com hidratação plena. Uma hidratação pré-exercício equivale a 5% do peso corporal induz a uma elevação significativa da temperatura retal e na freqüência cardíaca, ao mesmo tempo que reduz o ritmo de transpiração, o VO2max e a capacidade de se realizarem exercícios, em comparação com a condição normal hidratada. 
    O plasma sanguíneo supre a maior parte da água perdida em decorrência da sudoeste; assim sendo, a manutenção do debito cardíaco torna-se problemática à medida que a perda de suor progride. A perda de volume plasmático induz aumentos na resistência vascular sistêmica, a fim de que se mantenha a pressão arterial, e reduz o fluxo sanguíneo cutâneo. Um fluxo sanguíneo cutâneo reduzido elimina o principal meio para a dissipação do calor. A desidratação reduz a capacidade circulatória e de regulação da temperatura que seria necessária para atender as demandas metabólicas e térmicas do exercício. 
    Os fatores que alteram a desidratação devido a perda de suor incluem intensidade e duração do exercício, temperatura ambiente, carga solar, velocidade do vento, umidade relativa e vestimenta. O quadro abaixo mostra a necessidade hídrica teórica em diferentes temperaturas ambientes e unidades relativas com e sem carga solar.