sexta-feira, 26 de abril de 2013

ERGOESPIROMETRIA



ERGOESPIROMETRIA

    O teste ergométrico é um procedimento não invasivo, que pode conferir informações diagnósticas e prognósticas, além de avaliar a capacidade individual para exercícios dinâmicos. Os aparatos disponíveis para a realização de diferentes testes, que envolvem o esforço físico, apresentam características distintas, podendo variar de sistemas mais simples a equipamentos com elevado grau de sofisticação tecnológica.
Independentemente do local onde o exame seja realizado, é fundamental que algumas premissas devam ser respeitadas: ambiente adequado, equipamento básico, pessoal treinado e preparo e orientação do paciente, de acordo com o objetivo do exame. É fundamental, ainda, que exista pessoal para atuar em situações de emergência.

  


Equipamentos para a execução de Testes


Teste ergométrico (TE) - Preferencialmente, um computador central deverá controlar o funcionamento do ergômetro (esteira ou cicloergômetro) e demais equipamentos periféricos (oxímetro, monitor de pressão), todos eles interfaceados.


 Ergômetro - Os ergômetros devem ser, preferencialmente, eletrônicos ou eletromagnéticos e dispor de interface de comunicação com o computador central, através de saída analógica ou digital, para onde deverão ser enviados dados de velocidade, inclinação, ciclos, etc. e recebido os comandos de variação de carga.
Teste feito em cicloergômetro

Teste com esteira feito na Lapex com esteira


A Ergoespirometria avalia apenas três parâmetros:


- Volume ventilatório minuto;



- Mede  % O2 e CO2 do ar inalado;



- Mede  %O2 e CO2 do ar exalado;




VO2 =  VE (% extração O2)

VCO² = VE (%produção CO2)

Medida da Ventilação - O aparelho para medida da ventilação deverá ter acurácia suficiente para medidas de diferentes volumes e velocidades de fluxos e baixas resistência e inércia. Além disso, é desejável que o aparelho permita sua conexão ao computador, para maior facilidade da correlação dos dados obtidos.
A medida da ventilação durante o exercício requer que o indivíduo testado tenha suas narinas fechadas por um clipe nasal e que o bocal não permita qualquer escape de ar. O espaço morto do equipamento também é importante (máximo =100 ml).
Para realização de medidas precisas, é necessário que seja determinada a umidade relativa do ar, realizando-se os ajustes para temperatura e pressão padronizados (ou seja, STPD).

Calculam o O2 por ionização e o CO² por turvidez
    Vários tipos de fluxômetros podem ser utilizados: transdutores de massa, pneumotacômetros de Fleish, anemômetros, entre outros. Esses sistemas permitem medidas das trocas gasosas a cada ciclo respiratório (respiração por respiração - do inglês "breath by breath"). Com estes sistemas, as respostas do paciente tornam-se disponíveis imediatamente, e, com o sistema acoplado ao computador, as medidas são continuamente disponibilizadas na tela (durante o exame).
    Os pneumotacômetros medem as reduções de pressão geradas pelo fluxo através de um tubo. A relação entre fluxo e queda da pressão é analisada através da Lei de Bernoulli (o fluxo é proporcional à raiz quadrada da diferença de pressão). Essa lei permite a medida do fluxo com o pneumotacógrafo. Os transdutores de volume à turbina medem o fluxo bidirecional de ar na boca. Anemômetros consistem em um tubo fino com um arame aquecido em seu interior. Conforme o ar flui pelo tubo, ele esfria o arame. O volume de fluxo do ar é proporcional à quantidade de eletricidade necessária para reaquecer o arame.






Observação: O percentual de O2 no ar atmosférico é de 21%, esse valo pode oscilar devido a poluição ambiental. Porém o que realmente oscila é o percentual de CO² que está em torno de 0,03%.

Exemplo: Então se for inalado 21% e eu exalo 19%, isso mostra que eu consumi 2% do VOLUME VENTILATÓRIO. Se um sujeito tivesse ventilado 10 litros, seriam 2% de 10 litros

Conceitos que devem ser sabidos para fazer uma analise 

VO: capacidade de transportar o oxigênio 

VOde pico: quando temos um macro, mas não temos um platô 

VO2 máximo: Consumo Máximo de Oxigênio 

É a taxa máxima que o organismo de um indivíduo tem de captar e utilizar o oxigênio do ar que está inspirando para gerar trabalho. VOmax é diferente de VOVOrefere-se ao consumo de oxigênio pelo organismo numa determinada intensidade de exercício.

Tanto VO áx. (consumo máximo de oxigênio) como VO (consumo de oxigênio) podem ser expressos em:


a) l . min-1 (litros por minuto = litros de oxigênio absorvidos no espaço de tempo de 1 minuto, pode ser chamado de valor absoluto, Adams 1994).
ou
b) ml . kg -1 . min -1 (mililitros por quilograma de peso por minuto = mililitros de oxigênio absorvidos por quilograma de peso corporal no espaço de tempo de 1 minuto, pode ser chamado de valor relativo, Adams 1994)



Taxa de Troca Respiratória - RER


RER = VCO2 / VO2

Glicose
RER = 6 CO2 / 6 O2 = 1,0

Palmitato
RER = 16 CO2 / 23 O2 = 0,7

RER = Taxa de Troca Respiratória = produção de CO² / pelo consumo de oxigênio

                                       RER próximo 0,7 predominância de gordura
                                       RER próximo  1,0 predominância de carboidrato


RER acima de 1,0 é igual a um estado de ACIDOSE. Pois a oferta de CO² que é decorrente não mais de oxidação, mas do tamponamento de lactato.
RER abaixo de 1,0 é igual a um estado de OXIDAÇÃO.  É a redução da ventilação pulmonar fazendo  aumentar a concentração de CO².



O2 máximo e envelhecimento  

O consumo máximo de oxigênio cai a medida que se envelhece. A partir dos 30 anos o VO2 começa a ter uma queda, essa queda ocorre dev
Ido a sarcopenia ( perda dos sarcômeros) na ordem de 7 milímetros a cada 10 anos.



O treinamento de força o ponto de queda pode ser deslocado ou diminuir a declividade da curva.
O treinamento vai diminuir a sarcopenia e isso vai ajudar a manter o consumo máximo de O2 alto.
O treinamento aeróbio ajuda na adaptação cardiovascular.


Limiar Anaeróbio 

    O principal modelo de determinação de limiar é Lactacidemia  essa determinação ocorre através de uma amostra de sangue onde se mede a concentração de lactato.
    O limiar anaeróbio se refere á intensidade de exercício onde o nível de lactato sanguíneo começa a se acumular numa velocidade mais alta do que vinha acontecendo em intensidades de exercício mais leves. A partir desse ponto a velocidade de produção de lactato ultrapassa a velocidade de remoção causando um acúmulo que vai se acentuando cada vez mais.

Existem basicamente dois Limiares:

limiar 1: representa o ponto onde a produção de lactato é aumentada, mas ainda existe um equilíbrio entre produção e remoção, as fontes aeróbias de energia continuam sendo predominantes no fornecimento de energia para a atividade;

limiar 2: representa o ponto onde a produção de lactato é aumentada desproporcionalmente ao que vinha acontecendo nas intensidades inferiores de exercício, e a fonte energética aeróbia não consegue mais manter “sozinha” (predominantemente) o fornecimento de energia, passando a necessitar de ajuda das fontes anaeróbias, que acentuam o acúmulo de lactato induzindo à fadiga precocemente.







JI Guimarães, R Stein, F Vilas-Boas; 

Normatização de técnicas e equipamentos para realização de exames em ergometria eergoespirometria

quinta-feira, 18 de abril de 2013

Glicemia e Índice Glicêmico


Glicemia e Índice Glicêmico 

    Nossa aula do dia 12/04 foi com o intuito de medir a glicemia dos alunos em diferentes períodos de tempo pós refeição. Para isso a professora Julia Gross propôs que os colegas ficassem em jejum para fazer o teste de glicemia.


Índice glicêmico

    O índice glicêmico classifica alimentos de acordo com seu efeito imediato nos níveis de açúcar no sangue em comparação com outros alimentos. Uma classificação é feita estabelecendo-se o efeito de 50 gramas do carboidrato disponível (a quantidade total de carboidrato menos fibras) em um alimento de controle nos níveis de açúcar no sangue. Foi determinado para o alimento de controle, originalmente pão branco, o valor 100. Uma vez que isto foi estabelecido, os pesquisadores testaram quantidades iguais (50 gramas de carboidrato disponível) de vários alimentos e compararam a reação do açúcar no sangue ao alimento de controle. Quaisquer alimentos que elevaram a glicemia mais do que o pão branco obtiveram um valor mais alto, ao passo que os alimentos que elevaram a glicemia menos que o pão branco obtiveram um valor mais baixo.

Atualmente, alguns pesquisadores escolheram usar a glicose como alimento de controle em vez do pão branco. É dado à glicose o valor 100 e todos os alimentos são comparados ao seu efeito na glicemia. Quando o pão branco é usado como alimento de controle, a classificação do IG para a glicose é 140, uma vez que eleva os níveis de açúcar no sangue mais que a glicose. Mas para usar a tabela IG, não importa que método foi usado ao testar os alimentos, já que a ideia é a mesma. O valor do IG de uma comida permite comparar seu efeito na glicemia em relação a outros alimentos. Isto pode ajudá-lo a escolher melhor os alimentos, inclusive escolhendo os melhores e mais saudáveis carboidratos.





Glicemia

   A glicemia é a concentração de glicose no sangue ou mais precisamente no plasma. O nosso corpo transforma alguns dos hidratos de carbono ingeridos em glicose e a glicemia é o nível de glicose presente no nosso sangue. 
   Mede-se a glicemia através da confirmação dos sinais e sintomas clássicos da glicemia em jejum (exame de sangue onde são verificadas as taxas de glicose no sangue) e do teste padronizado de tolerância à glicose (TTG).
Estes critérios diagnosticados estão baseados nas recomendações da comunidade médico-científica atual:
·         Normal: Abaixo de 110 mg/dL
·         Intolerância à glicose: jejum de 111 a 125 mg/dL; 2 horas após 75g de glicose: de 141 a 199 mg/dL
·         Diabetes melitus: jejum maior que 126 mg/dL; 2 horas após 75g de glicose: maior que 200 mg/dL

   O índice glicêmico (IG) é um indicador da velocidade de transformação do carboidrato em glicose. Ele mostra o quão rápido um alimento ingerido consegue  aumentar a glicemia.aumentar  a  glicose no sangue).
   O aumento da glicemia provoca a secreção de insulina, para que a glicose que está no sangue entre nas células e forneça energia para todas as funções. Até aqui, tudo bem. O problema ocorre quando se consome muitos alimentos com alto índice glicêmico, o que causará uma elevação na glicose sanguínea e, em contrapartida, será produzida grande quantidade de insulina. Esta, por sua vez, provocará uma hipoglicemia, causando cansaço, dores de cabeças, mal humor e até aumento da fome.

   O grande problema é sentido pelos diabéticos, que não possuem esses mecanismos de ajuste funcionando adequadamente (produção de insulina). Então acontece a tão temida hiperglicemia. O açúcar no sangue vai permanecer alto por um tempo bem mais longo, afinal, o diabético não consegue retirar essa glicose do sangue e utilizá-la adequadamente.

Como foi feito:


- até no máximo as 10hrs da manhã era permitido comer algo;





LANCHES com diferentes Índices Glicêmicos 

Coletas

A primeira coleta foi feita em jejum. Após a primeira coleta os alunos comeram alimentos de baixo, alto ou médio IG, 15 min, 30min e 1h. 
Após a ingestão de cada um dos alimentos  foram feitas novas coletas de sangue.



Coleta e manejo de material biológico


Coleta e manejo de material biológico 

Na aula do dia 05/04 vimos como deve ser feita a coleta de materiais biológicos como: urina, cabelo, suor, saliva, ar exalado e sangue. Porém fizemos somente coleta de sangue no laboratório.
         
CONDIÇÕES PARA A COLETA

-  Sala bem iluminada e ventilada
 - Pia
- Cadeira reta com braçadeira regulável ou maca
 -Garrote
- Algodão hidrófilo
- Álcool iodado a 1% ou álcool etílico a 70%
- Agulha descartável
- Seringa descartável
- Sistema a vácuo: suporte, tubo e agulha descartável
- Tubos de ensaio com tampa
- Pinça
- Pipetas Pasteur
- Etiquetas para identificação de amostras
- Caneta
- Recipiente de boca larga, com parede rígida e tampa, contendo hipoclorito de sódio a 2%
- Avental e máscara
- Luvas descartáveis
- Estantes para tubos 

O que deve ser feito antes da coleta da amostra de sangue?

Identifique os tubos para colocação da amostra. Escreva na etiqueta os dados do paciente: nome, número do registro, data de nascimento, sexo, data da coleta, número ou código de registro da amostra e o nome da instituição solicitante.
Em algumas unidades, utiliza-se apenas códigos ou abreviaturas em
lugar do nome do paciente.

Técnicas para coleta de sangue PN-DST/AIDS/Ministério da Saúde 

Tubos de ensaio com tampa




Marcadores dos Tubos de Ensaio para identificação dos mesmos



COLETA COM SERINGA E AGULHA DESCARTÁVEIS

1- Coloque a agulha na seringa sem retirar a capa protetora, não toque na parte inferior da agulha;

2- Movimente o êmbulo e pressione-o para retirar o ar;

3- Ajuste o garrote e escolha a vela;

4- Faça a antissepsia do local da coleta com algodão umedecido em álcool a 70% ou álcool iodado a 1 %. Não toque mais no local desinfetado;

5- Retire a capa da agulha e faça a punção;

6- Solte o garrote assim que o sangue começar a fluir na seringa;

7- Colete aproximadamente 10 ml de sangue. Em crianças, colete de 2 a 5 ml;

8- Separe a agulha da seringa com o auxílio de uma pinça, descarte a agulha em recipiente de boca larga, paredes rígidas e tampa, contendo hipoclorito de sódio a 2%;

9- Oriente o paciente a pressionar com algodão a parte puncionada,mantendo o braço estendido, sem dobrá-lo;

10- Transfira o sangue para um tubo de ensaio sem anticoagulante, escorra delicadamente o sangue pela parede do tubo. Este procedimento evita a hemólise da amostra. Descarte a seringa no mesmo recipiente de
descarte da agulha,



COLETA COM SISTEMA A VÁCUO E COLETA MÚLTIPLA


1- Rosqueie a agulha no adaptador (canhão). Não remova a capa protetora de plástico da agulha;

2- Ajuste o garrote e escolha a veia;

3- Faça a anti-sepsia do local da coleta com algodão umedecido em álcool a 70% ou álcool iodado a 1%. Não toque mais no local desinfetado;

4- Remova o protetor plástico da agulha. Faça a punção;

5- Introduza o tubo no suporte, pressionando-o ate o limite;

6- Solte o garrote assim que o sangue começar a fluir no tubo;

7- Separe a agulha do suporte com o auxílio de uma pinça. Descarte a agulha em recipiente de boca larga, paredes rígidas e tampa, contendo hipoclorito de sódio a 2%; 

8- Oriente o paciente a pressionar com algodão a parte puncionada, mantendo o braço estendido, sem dobrá-lo.  

Coleta de sangue com sistema a vácuo 



Tipagem Sanguínea 

Fomos para o laboratório para coletar as amostras de sangue entre nós e descobrir as nossas tipagens sanguíneas.



  • Grupo sanguíneo AB: Indivíduos têm tanto antígenos A quanto B na superfície de suas hemácias, e o soro sanguíneo deles não contem quaisquer anticorpos dos antígenos A ou B. Assim, alguém com tipo de sangue AB pode receber sangue de qualquer grupo (com AB preferível), mas só pode doar sangue para outros com o tipo AB.
  • Grupo sanguíneo A: Indivíduos têm o antígeno A na superfície de suas hemácias, e o soro sanguíneo contido na Imunoglobulina M são anticorpos contra o antígeno B. Assim, uma pessoa do grupo A pode receber sangue só de pessoas dos grupos A ou O (com A preferível), e só pode doar sangue para indivíduos com o tipo A ou AB.
  • Grupo sanguíneo B: Indivíduos têm o antígeno B na superfície de seus hemácias, e o soro sanguíneo contido na Imunoglobulina M são anticorpos contra o antígeno A. Assim, alguém do grupo B pode receber sangue só de indivíduos de grupos B ou O (com B preferível), e pode doar sangue para indivíduos com o tipo B ou AB.
  • Grupo sanguíneo O (ou 0): Indivíduos não possuem antígenos nem A ou B na superfície de suas hemácias, mas o soro sanguíneo deles contém  com anticorpos anti-A e anti-B contra os antígenos A e B. Portanto, alguém do grupo O pode receber sangue só de alguém do grupo O, mas pode doar sangue para pessoas com qualquer grupo ABO (ou seja, A, B, O ou AB). Se alguém precisar de uma transfusão de sangue em uma emergência, e se o tempo necessário para testar o tipo de sangue causaria um atraso prejudicial, o sangue O- (O Negativo) pode ser administrado.

Os ANTÍGENOS

Anti-A; Anti-b; Anti-D



Já no laboratório nos dividimos em duplas para fazermos as coletas de sangue.

Minha dupla e cobaia.

E o seu dedo sendo furado.



Fazendo força para cair uma gota de sangue.
Finalmente conseguimos uma gota de sangue.

Sangue aglutinado, com anti-A.



quinta-feira, 4 de abril de 2013

ANTROPOMETRIA


Composição Corporal
A composição corporal é considerada, por alguns autores, um componente da aptidão física relacionada à saúde, em razão das relações existentes entre a quantidade e a distribuição da gordura corporal com alterações no nível de aptidão física e no estado de saúde das pessoas.
Reduzir a quantidade de gordura e / ou aumentar a quantidade de massa muscular estão entre os anseios de grande parte dos praticantes de atividade física. Esta preocupação pode ser notada não somente do ponto de vista estético, mas também do ponto de vista de qualidade de vida dos indivíduos, já que a obesidade está associada a um grande número de doenças crônico – degenerativas.
Observando essa relação entre quantidade de gordura corporal e estado de saúde, verifica-se a necessidade de métodos capazes de avaliar, de forma válida, a quantidade de gordura corporal em relação à massa corporal total. Nesse sentido, a importância da avaliação corporal deve-se ao fato de a massa corporal isoladamente não ser considerada um bom parâmetro para identificação do excesso ou da carência dos diferentes componentes corporais (massa gorda, massa muscular, massa residual e massa óssea) ou ainda para a avaliação das alterações nas quantidades proporcionais destes componentes, em decorrência de um programa de exercícios físicos e/ ou dieta alimentar.
Existem várias técnicas para a determinação da composição corporal, podendo-se classificar estes procedimentos de determinação em métodos diretos, indiretos e duplamente indiretos:
a)     O método direto é aquele em que há a separação e a pesagem cada um dos componentes corporais isoladamente, o que só é possível com a dissecação de cadáveres;
b)    Os método indiretos são aqueles nos quais não há a  manipulação dos componentes isoladamente, mas a partir de princípios químicos e físicos que visam a extradição das quantidades de gordura e de massa magra;
c)     O método duplamente indiretos são aqueles validados a partir de um método indireto, mais comumente a densidometria.

A Antropometria
Em  razão do baixo custo operacional e da relativa simplicidade de utilização, os métodos antropométricos são aplicáveis para grandes amostras e podem proporcionar estimativas e podem proporcionar estimativas nacionais e dados para a análise de mudanças seculares. (ROCHE ET AL, 1996)
A estimativa da composição corporal por meio de medidas antropométricas utiliza medidadas relativamente simples como massa, estatura, perímetro, diâmetro ósseo e espessura das dobras cutâneas. Quando o objetivo é estimar apenas a porcentagem de gordura corporal, as medidas mais utilizadas são as de dobras cutâneas.
A lógica para a medida das dobras cutâneas baseia-se no fato de que aproximadamente metade do conteúdo corporal total da gordura fica localizada no depósitos adiposos existentes diretamente debaixo da pele. Essa gordura localizada está diretamente relacionada com a gordura total. (MCARDLE ET AL, 1998) Essa gurdura localizada está diretamente relacionada com a gordura total.
As dobras cutâneas que aparecem com maior freqüência na literatura e que atendem a grande maioria das equações preditivas de gordura corporal são: tríceps, subescapular, bíceps, axilar média, torácica ou peitoral, supra-ilíaca, supra-espinal, coxa e panturrilha medial.

A espessura da dobras cutâneas é medido utilizando-se o compasso de dobras cutâneas, também conhecido como plicômetro ou adipômetro


DICAS
Quanto aos procedimentos de espessura de dobras cutâneas, elas devem ser SEMPRE REALIZADAS NO HEMICORPO DIREITO do avaliado, utilizando o dedo indicador e o polegar da mão esquerda para diferenciar o tecido celular subcutâneo do tecido muscular. Aproximadamente um centímetro abaixo do ponto de reparo pinçado pelos dedos devem ser introduzidas nas pontas do compasso. Para a execução da leitura, deve-se aguardar em trono de dois segundos. É importante observar se as hastes do compasso estão perpendiculares à superfície da pele no local da medida.


Variabilidade das medidas
Devido a Variabilidade das medidas de dobras cutâneas, devem ser executadas três medidas não consecutivas de cada dobra escolhida, ou seja, são medidas e anotadas todas as dobras cutâneas, em seguida repete-se  a operação e ao final, mais uma vez. O objetivo deste procedimento é evitar que “viciemos” as medidas, o que nos faz encontrar três valores iguais, ou muito próximos, quando executamos a medida no mesmo ponto de reparo. Também para evitar a influência do avaliador sobre as medidas, é interessante poder contar com um anotador.
Padronização para as Medidas de Dobra
Existem diferentes padronizações para as medidas de dobra cutâneas, sendo que não há uma forma mais correta que as outras para se medir as dobras cutâneas. O importante é utilizar SEMPRE A MESMA PADRONIZAÇÃO para que se possam ser feitas comparações ao longo do tempo. Quando se trabalha com equações de predição de gordura corpora, deve-se medir as dobras cutâneas seguindo rigorosamente a padronização indica pelo autor da equação.
  
DOBRAS

Dobra cutânea Triciptal
É a medida na face posterior do braço, paralelamente ao eixo longitudinal, no ponto em que compreende a metade da distância entre a borda súpero-lateral do acrômio e o olécrano


  
Dobra cutânea subescapular

A medida é executada obliquamente em relação ao eixo longitudinal, seguindo a orientação dos arcos costais, sendo localizada dois centímetros abaixo do ângulo inferior da escápula.




Dobra cutânea axilar média
É localizada no ponto de intersecção entre a linha axilar média e a linha imaginária transversal do apêndice xifóide do esterno. A medida é realizada obliquamente ao eixo longitudinal e transversal com o braço do avaliado deslocado para trás, a fim de facilitar a obtenção da medida.


Dobra cutânea biciptal
É a medida no sentido do eixo longitudinal do braço, na sua face anterior, no ponto de maior circunferência aparente do ventre muscular do bíceps.




Dobra cutânea torácica

É a medida oblíqua em relação ao eixo longitudinal, na metade da distância entre a linha axilar anterior e o mamilo, para homens, e a um terço da linha axilar anterior, para mulheres.





Dobra cutânea supra – ilíaca

É obtida obliquamente em relação ao eixo longitudinal, na metade da distância entre o último arco costal e a crista ilíaca, sobre a linha axilar média. É necessário que o avaliador afaste o braço para trás para permitir a execução da medida




Dobra cutânea supra-espinal

Ela é medida 5 a 7 cm acima da espinha ilíaca anterior, na intersecção entre uma linha horizontal na altura do ponto ílio-cristal e uma linha obliqua proveniente da borda axilar anterior, destacado num ângulo aproximado de 45º.





Dobra Cutânea Abdominal

É media aproximadamente a dois centímetros à direita da cicatriz umbilical, paralelamente ao eixo longitudina





Dobra Cutânea da Coxa

É medida paralelamente ao eixo longitudinal, sobre o músculo reto femural a um terço da distância do ligamento inguinal e a borda superior da patela, segundo proposta por Guedes (1985) e na metade desta distância segundo Pollock & Wilmore (1993). Para facilitar o pinçamento desta dobra o avaliado deverá deslocar o membro inferior direito à frente, com uma semi-flexão do joelho, e manter o peso do corpo no membro inferior esquerdo.





Dobra Cutânea Panturrilha Medial

Para a execução desta medida, o avaliado deve estar sentado, com a articulação do joelho em flexão de 90 graus, o tornozelo em posição anatômica e o pé sem apoio. A dobra é pinçada no ponto de maior perímetro da perna, com o polegar da mão esquerda apoiado na borda medial da tíbia.