quinta-feira, 23 de maio de 2013

Avaliação da força muscular


Avaliação da Força Muscular

Formas de manifestação da força muscular


 Excêntrica > Isométrica > Concêntrica

 
Contração Isométrica:

Produção de força é gerada, mas o ângulo articular não é alterado. 

              Contração concêntrica:
                             
                       Produção de força ocorre enquanto o músculo encurta .

    Contração Excêntrica:

           Produção de força ocorre enquanto é alongado.





Avaliação isocinética

Contração Isocinética é a contração muscular dinâmica na qual a velocidade de movimento é mantida constante.

Diferenças entre os tipos de avaliações

              Isocinético                          Isoinercial

                          Controle da velocidade                                    Sem controle da  velocidade                                

                         Ajuste da resistência                                         Resistência constante



 Dinamômetro Isocinético

É uma máquina que podemos considerar recente (década de 50) e ela tem um dispositivo eletromecânico capaz de manter a velocidade do movimento constante.
Biodex

       Permite avaliar diferentes articulações

       Formas de avaliação
      Isocinética;
      Isométrica;

       Formas de contração
      Concêntrica;
      Excêntrica;
      Isométrica;
          
Outras formas de fazer avaliação no Biodex.













Velocidade de Avaliação

       Velocidade pré determinada (1-500°/s)

      Sujeito empurra a célula de carga;
      A máquina permite a aceleração até ser atingida a velocidade pré-definida;
      Quando ela é alcançada, a máquina aplica resistência para tornar a velocidade constante.
       1 radiano= 57,3°

       O movimento não ocorre em toda a sua amplitude com velocidade constante, existe um momento de aceleração inicial e desaceleração final.

       Quanto maior for a velocidade escolhida para realizar o movimento, menor será o período de velocidade constante, pois haverá mais tempo de aceleração para atingi-la.

       Osternig (1986):
      50º/s: 92% da amplitude com velocidade constante;
      400º/s: 15% da amplitude com velocidade constante.

Para que um teste seja realmente isocinético as velocidades não devem ser muito elevadas.

Vantagens e Desvantagens  

       Força máxima ao longo de todo o movimento;
       Possibilidade de avaliação em diferentes velocidades e articulações;
       Segurança da articulação (dores mínimas);
       Ações isocinéticas não existem na realidade.

Medidas possíveis

       Pico de Torque (PT);
       Trabalho (W);
       Taxa de produção de força (TPF);
       Índice de Fadiga (IF);
       Diferença bilateral;
       Equilíbrio articular (relação PT).

Índice de Fadiga

       Diferença percentual do torque entre as primeiras e as últimas (geralmente 5) repetições realizadas no teste.
       Analisar a habilidade do indivíduo de realizar o mesmo movimento várias vezes com uma determinada velocidade;
       Mostra a capacidade da pessoa manter a produção de força ao longo das repetições.

Diferença Bilateral

Diferença na produção de torque entre o lado dominante e não dominante.
                                                                                                           Dvir (1994)


Diferenças entre a produção de força lado dominante e não dominante  de 10% a 15% são consideradas normais.   
                                                                                                                 Ellenbecker  e Davies (2000)




EQUILÍBRIO ARTICULAR 

Relação ótima de força entre a musculatura agonista e antagonista. Os termos desequilíbrio e equilíbrio não se referem a valores iguais ou desiguais de torque, mas a relação entre torques dos músculos agonistas e antagonistas.


Razão Convencional

       Utilizada em muitos estudos;
       Limitações: pouco funcional;
       Bom parâmetro para se avaliar o risco a lesão
       Fácil avaliação;
       Diversas articulações: joelho e ombro (maior incidência de lesões).


 PT antagonista CON
     PT agonista CON

Valor normativo ~ (0,7)


            Razão Funcional

  •  Importante para o cálculo de razões

       Mesma velocidade angular;
       Mesma articulação;
       Valores dentro dos normativos indicam que a articulação mostra-se segura e o risco de lesão de não-contato se apresenta baixo.

PT antagonista EXC
PT agonista CON

Valor normativo ~ 0,9-1,2



Cuidados com a avaliação

       Esforço máximo prévio;
       Posicionamento e fixação;
       Correção da gravidade;
       Instruções prévias;
       Estímulo verbal e visual;
       Familiarização;

Na aula pratica foi visto se existe uma diferença em fazer uma avaliação em diferentes ângulos articulares.

Foram feitos os testes de:

- extensão e flexão do joelho em 3 ângulos
- testes concêntricos em duas velocidades para ver se tem diferençá da velocidade e do tipo de contração. Isso vai nos dar os valores para o cálculo das razões funcional e convencional
- protocolo de fadiga

sexta-feira, 10 de maio de 2013

Métodos de mensuração, variação da frequência cardíaca e pressão arterial

Métodos de mensuração, variação da frequência cardíaca e pressão arterial

Física e Condicionamento Físico Como aferir\medir a frequência cardíaca

A FC NUnca pode ser vista usando o polegar.


Frequência cardíaca

Frequência cardíaca ou ritmo cardíaco é o número de batimentos cardíacos por unidade de tempo, geralmente expresso em batimentos por minuto (bpm).


Pressão Arterial 

Pressão Arterial é igual a debito cardíaco vezes a resistência vascular periférica. A pressão arterial esta totalmente ligada ao aumento da freqüência cardíaca e com o aumento do volume sistólico  e a resistência vascular periférica.

  Q x RVP        

(VSxFC) x RVP

Respostas agudas

Consideram-se respostas agudas ao exercício aquelas que ocorrem durante a sua realização, em sessões isoladas de treinamento, enquanto que as respostas crónicas estão associadas a adaptações fisiológicas que ocorrem num prazo mais longo, decorrentes de treinamento regular e dependentes do tipo de sobrecarga aplicada.

RESPOSTAS AGUDAS E CRÓNICAS DA FREQUÊNCIA CARDÍACA 

A frequência cardíaca reflete alguma da quantidade de trabalho que o coração deve realizar para satisfazer as demandas metabólicas quando iniciada a atividade física. Durante o exercício, a quantidade de sangue colocada em circulação aumenta de acordo com a necessidade de fornecer oxigénio aos músculos esqueléticos. A máxima capacidade de captação de oxigénio (VO2max) é definida pelo débito cardíaco máximo multiplicado pela máxima diferença arterio-venosa de oxigénio (aVO2). Uma vez que o débito cardíaco é determinado pela interação da FC e do volume sistólico, o VO2no exercício é diretamente relacionado com os valores de FC.

No repouso, a FC situa-se em torno de 60 a 80 batimentos por minuto. Em pessoas de meia idade, não condicionadas e sedentárias, pode exceder os 100 batimentos por 
minuto. As respostas agudas da pulsação ao exercício dependem de diversos
 fatores, como a posição corporal, o estado clínico, a volemia e as condições ambientais.



RESPOSTAS AGUDAS E CRÓNICAS DE PRESSÃO ARTERIAL 

A pressão arterial (PA) é definida pela força exercida pelo sangue por unidade de superfície da parede vascular, refletindo a interação do débito cardíaco com resistência periférica sistémica. A PA
é representada pela pressão sistólica (PAS) e pela pressão diastólica (PAD). A pressão sistólica representa a mais alta pressão nas artérias, estando intimamente associada à sístole ventricular cardíaca. A pressão diastólica representa a menor pressão nas artérias ocasionada pela diástole ventricular cardíaca, quando o sangue está preenchendo as cavidades ventriculares. O fluxo de sangue através da circulação sistêmica depende, parcialmente, da diferença de pressão entre a aorta e o átrio direito. Durante os exercícios, a pressão sistêmica tende a aumentar. A diferença entre as pressões sanguíneas na aorta e no átrio direito aumenta e, consequentemente, há um aumento da velocidade de deslocamento do fluxo, principalmente para os grupos musculares mais exercitados. No exercício aeróbio, à medida que o débito cardíaco aumenta, a resistência periférica eleva-se nos tecidos metabolicamente menos ativos, enquanto tende a diminuir na musculatura em trabalho. Com isso, e dependendo da massa muscular ativa, a resistência periférica total sofre um decréscimo, com aumento de fluxo sanguíneo geral e aumento apenas moderado da pressão arterial média. Por outro lado, durante o exercício de força, tanto a PAS quanto a PAD tendem a se elevar, ocasionando um aumento também expressivo na pressão arterial média, mesmo que por um período curto de tempo. Isoladamente, a PAS e a PAD exibem comportamentos diferenciados durante o exercício. Em atividades contínuas de intensidade progressiva, a PAS aumenta em proporção direta à intensidade do exercício, em função da elevação do débito cardíaco. Em exercício máximo, pode ultrapassar os 200 mmHg.  A pressão diastólica pouco varia durante a prática de exercícios de natureza aeróbia, quando comparada à PAS e à FC,  posto que a pressão sistêmica durante a diástole
cardíaca tende a permanecer nos níveis de repouso. Em atividades com forte componente estático, em função da constrição capilar pelos músculos ativos, aliada ao aumento do débito cardíaco, pode ocorrer elevação significativa da PAD. No exercício contra-resistência, a pressão arterial pode atingir valores maiores do que nas atividades contínuas aeróbias. MacDougall e col.  chegaram a medir, com auxílio de métodos invasivos, valores da ordem de 480/350 mmHg, numa amostra onde o valor médio foi de 320/250 mmHg. Todavia, a curva evolutiva da PAS durante os exercícios contra-resistência tende a ser semelhante ao que se descreveu anteriormente para a FC. Sale e col.  por exemplo, mediram diretamente a pressão arterial em oito homens destreinados, a fim de comparar as respostas pressóricas durante o exercício leg-press, realizado em equipamento isocinético e com pesos livres.  


Exercício Dinâmico

Nos exercícios dinâmicos, ocorrendo uma maior carga volumétrica no ventrículo esquerdo, as respostas cardíacas e hemodinâmicas são proporcionais à intensidade e à massa muscular envolvida na atividade.


Exercício Estático

Em exercícios com forte componente estático, as respostas cardiovasculares são difíceis de quantificar. O débito cardíaco sofre limitações em virtude da maior resistência periférica, já que a oclusão nos capilares teciduais, proporcionada pelos músculos ativos, prejudica o fluxo sangüíneo do compartimento arterial para o venoso.


 Como aferir\medir a frequência cardíaca?

Manual
Monitores cardíacos
Eletrocardiograma

Manual

Medição manual dos batimentos cardíacos pelo pulso.
A frequência cardíaca pode ser mensurada, de forma manual, em qualquer lugar do corpo onde pode ser detectada a pulsação arterial. Nestes locais existem artérias que transmitem o pulso para superfície da pele. Podemos medir a frequência da pulsação arterial pressionando estes locais com os dedos indicador e médio e, frequêntemente, as artérias também são comprimidas contra tecidos subjacentes como ossos, por exemplo. Esta medição não deve ser efetuada com o dedo polegar, pois sua forte pulsação arterial pode interferir na correta percepção do pulso aferido.
Como a unidade da frequência cardíaca é bpm, a contagem da pulsação arterial deve ser realizada acompanhando e contanto os pulsos de um minuto completo. 


Monitores cardíacos


Uma forma prática de acompanhar frequência cardíaca em exercício é por meio de monitores cardíacos de pulso, atualmente bastante difundidos entre atletas amadores e profissionais pelo baixo custo do equipamento e facilidade de uso da frequência cardíaca para controlar a intensidade de treinamentos cardiorrespiratórios.
Este tipo de equipamento consiste de um aparelho monitor, parecido com um relógio, que é colocado no pulso. Outra parte do equipamento é uma fita elástica, com eletrodos, que é colocada na região torácica e consegue captar a atividade elétrica do coração. A informação captada pelos eletrodos é transmitida para o monitor no pulso onde frequência cardíaca é visualizada em tempo real. No entanto, estes equipamentos são eficientes apenas durante esforços físicos.


eletrocardiograma

O método mais preciso de mensuração da frequência cardíaca é o eletrocardiograma, também chamado de ECG. É um teste clínico, não invasivo, e consiste da fixação de eletrodos que captam a atividade elétrica do coração. Esta informação é impressa em papel milimetrado onde podem ser observados os padrões de contração do músculo cardíaco. Este exame pode detectar muitas disfunções cardíacas.




quinta-feira, 2 de maio de 2013

Avaliação lactacidêmica e determinação de limiares de lactato


Avaliação lactacidêmica e determinação de 

limiares de lactato



Lactato:
 
    O lactato é um produto final da glicólise anaeróbica que ocorre em tecidos hipóxicos. Contudo, tecidos bem oxigenados podem em certas condições gerar lactato através da glicólise aeróbica. 
    A produção normal de lactato é de 1 mmol/Kg/hora. Ocorre principalmente no músculo esquelético, intestino, cérebro e glóbulos vermelhos; estudos em animais e humanos mostraram que o pulmão pode ser uma fonte importante de lactato no contexto de lesão pulmonar aguda. 
    O lactato formado pode ser captado pelo fígado e ser convertido em glicose (neoglicogénese) ou ser utilizado como combustível (fonte de energia). 
O metabolismo anaeróbico da glicose produz apenas 47 Kcal de energia por mole de glicose, enquanto que o metabolismo aeróbico gera 673 Kcal por mole de glicose. A oxidação do lactato produz 326 Kcal por mole de lactato e como 1 mole de glicose produz 2 moles de lactato, a energia produzida a partir da glicólise anaeróbica será aumentada para 625 Kcal (2 x 326) – esta via é utilizada durante o exercício e pode ocorrer nas fases iniciais do choque (quando o músculo esquelético torna-se anaeróbico o lactato gerado pode ser utilizado como fonte de energia por outros órgãos vitais que ainda estão em aerobiose, como o coração e o S.N.C.).
Glicólise anaeróbica: Glicose + 2 ATP + 2 H2PO4 ® 2 Lactato + 2 ADP + 2H2O






Concentração de Lactato no sangue


              A concentração de lactato no sangue é decorrente do lactato produzido pelo lactato metabolizado. O gráfico mostra que a metabolização aumenta até que em uma determinada carga estabiliza (atinge um plato, que é a capacidade máxima de metabolizar o lactato).


Limiar Anaeróbio 

    O principal modelo de determinação de limiar é Lactacidemia  essa determinação ocorre através de uma amostra de sangue onde se mede a concentração de lactato.
    O limiar anaeróbio se ref
ere á intensidade de exercício onde o nível de lactato sanguíneo começa a se acumular numa velocidade mais alta do que vinha acontecendo em intensidades de exercício mais leves. A partir desse ponto a velocidade de produção de lactato ultrapassa a velocidade de remoção causando um acúmulo que vai se acentuando cada vez mais.

Existem basicamente dois Limiares:

limiar 1: representa o ponto onde a produção de lactato é aumentada, mas ainda existe um equilíbrio entre produção e remoção, as fontes aeróbias de energia continuam sendo predominantes no fornecimento de energia para a atividade;

limiar 2: representa o ponto onde a produção de lactato é aumentada desproporcionalmente ao que vinha acontecendo nas intensidades inferiores de exercício, e a fonte energética aeróbia não consegue mais manter “sozinha” (predominantemente) o fornecimento de energia, passando a necessitar de ajuda das fontes anaeróbias, que acentuam o acúmulo de lactato induzindo à fadiga precocemente.



Histórico


  • ž   1907- Fletcher & Hopkins - Formação de lactato pela contração muscular;

  • ž   1950 e 1960 - Hollmann e col.
Início do metabolismo anaeróbio.
Ponto onde a ventilação pulmonar (VE) aumentava desproporcionalmente em relação ao VO2
  •   ž1964 - Wassermann& McLLory
                  ›Limiar anaeróbio

Coincidência do ponto de inflexão da curva de lactato com a curva ventilatória.


O que é o Limiar Anaeróbio?
žMais alta intensidade que pode ser realizada sem  participação significativa do metabolismo anaeróbio.
ž(Benecke 1995; Heck 1990; Heck et al. 1985)


Utilização do Limiar Anaeróbio

žPrescrição de intensidade adequada de exercício;
- žPredição de performance;
- žAvaliação longitudinal de efeitos de treinamento aeróbio;


Testes em aula 

Seria testado o lactato sanguíneo com o uso do Cibex e fazendo o teste de Lactacidemia.




Tiras reagentes para controle do lactato sanguíneo.






Teste pronto com os limiares